domingo, novembro 21, 2010

As Estrelas
      
     Lá, nas celestes regiões distantes,
     No fundo melancólico da Esfera,
     Nos caminhos da eterna Primavera
     Do amor, eis as estrelas palpitantes.
      
     Quantos mistérios andarão errantes,
     Quantas almas em busca da Quimera,
     Lá, das estrelas nessa paz austera
     Soluçarão, nos altos céus radiantes. 

     Finas flores de pérolas e prata,
     Das estrelas serenas se desata
     Toda a caudal das ilusões insanas.
      
     Quem sabe, pelos tempos esquecidos,
     Se as estrelas não são os ais perdidos
     Das primitivas legiões humanas?!

Cruz e Sousa

quinta-feira, novembro 18, 2010

"A sua vista não ia além
Dos quatro muros que a enclausuravam
E ninguém via — ninguém, ninguém —
Os meigos olhos que suspiravam." (Manuel Bandeira)

Harmonia

Garçom:
— Já escolheu?
Moça:
— Uma limonada fresca por favor, sem açúcar.
Garçom:
— E para comer?
Moça:
— Um limão.

... E para combinar, um dia azedo.